CNJ inaugura Ano da Justiça Restaurativa nas Instituições
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) elegeu 2025 como o Ano da Justiça Restaurativa nas Instituições. Para o CNJ, a priorização do tema em 2025 significa a amplificação da Política Nacional de Justiça Restaurativa no âmbito do Poder Judiciário, regulamentada por meio da Resolução CNJ n. 225/2016.
Segundo o conselheiro do CNJ, Alexandre Teixeira, ao longo deste ano, serão incentivadas práticas concretas dentro das instituições do sistema de justiça, tais como: círculos de diálogo entre servidores, magistrados e demais atores institucionais; oficinas de comunicação não violenta e escuta ativa; fóruns interinstitucionais para aprimoramento da convivência organizacional; e políticas institucionais baseadas em princípios restaurativos.
De acordo com o conselheiro, ao dar prioridade ao tema em 2025, o colegiado do CNJ ancorou-se no princípio de que a eficiência administrativa não se traduz apenas em produtividade e resultados quantitativos, mas na capacidade de criar ambientes de trabalho saudáveis, colaborativos e eticamente orientados: “A convivência institucional, portanto, é um elemento estratégico para o aprimoramento das práticas de gestão e para a materialização dos valores que sustentam a administração pública”, ponderou Alexandre Teixeira.
Para o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí-TJPI, desembargador Aderson Nogueira, a ação promove melhores relações de trabalho, resultando em respeito e acolhimento, impactando na qualidade da prestação do serviço público e focando na resolução de conflitos dentro do Judiciário: “O TJPI trabalha a disseminação e popularização das práticas da Justiça Restaurativa, inclusive com parcerias em escolas da rede pública. Ter 2025 como o Ano da Justiça Restaurativa nas Instituições ampliará ainda mais o trabalho que já desenvolvemos e contribuirá para a internalização das práticas em nosso ambiente de trabalho, entre magistrados(as) e servidores(as), auxiliando na resolução de conflitos e na construção de um ambiente harmônico e saudável”, pontuou.
Essa não é a primeira vez que o CNJ dá ênfase ao tema: o ano de 2023 foi considerado pelo CNJ o Ano da Justiça Restaurativa na Educação, voltando o olhar para as escolas, e reconhecendo a importância de preparar novas gerações para o diálogo e a empatia. Agora essa abordagem está sendo estendida ao sistema de Justiça.
Fonte: TJ-PI