Caso no Pará implica risco de poliomielite

por Ângela Núbia Carvalho Sousa publicado 07/10/2022 18h00, última modificação 07/10/2022 18h00
Criança de 3 anos apresentou sintomas de paralisia flácida aguda; hipótese é de erro vacinal

Estado de Minas - A Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) emitiu um comunicado, na tarde desta quinta-feira (6/10), de risco, com relação a um resultado positivo para poliovírus, por meio da metodologia de isolamento viral em fezes. O caso se trata da detecção do vírus Sabin Like 3, em uma criança de 3 anos, do Noroeste do estado e que ainda está sob investigação.

 

De acordo com o comunicado, a criança, residente do município de Santo Antônio do Tauá, apresentou sintomas no dia 21 de agosto, com quadros de febre, dores musculares, mialgia e Paralisia Flácida Aguda (PFA) - que compromete os membros inferiores. A situação foi relatada um dia após a criança receber as vacinas Tríplice Viral e da poliomielite.

 

A Vigilância Epidemiológica realizou uma visita domiciliar e solicitou o exame de poliovírus nas fezes. Foi constatado que o histórico vacinal da criança estava incompleto e que ela não havia recebido as doses da VIP (vacina da pólio dada em três doses por meio de injeção até os 6 meses), porém ela possuía duas doses de VOP (vacina oral, em gotas), o que vai contra o Plano Nacional.

 

O infectologista Carlos Starling explica que a situação vacinal da criança indica que provavelmente não se trata de um caso de poliovírus selvagem, mas sim de um caso de pólio vacinal, extremamente raro. Caso a criança não tenha recebido as três doses por injeção corretamente, a vacina oral, que é composta pelo vírus enfraquecido, pode ter culminado na doença. 
“É absolutamente fundamental que a população siga o programa de vacinação contra pólio, todos os pais devem vacinem seus filhos cumprindo o cronograma do PNI”, ressalta Carlos.

 

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Fonte: Estado de Minas

Imagem: PBH/Divulgação