Câncer de mama: a partir dos 40, mulheres devem ficar atentas

por Ângela Núbia Carvalho Sousa publicado 24/10/2022 20h23, última modificação 24/10/2022 20h23
Especialistas recomendam que o rastreio seja feito anualmente a partir dessa idade

Correio Brasiliense - Diferentemente de uma década atrás, quando recomendava-se o rastreio para o câncer de mama a partir do 50 anos; atualmente, os especialistas acreditam que essa investigação precisa começar assim que a mulher fizer 40 anos.

 

De acordo com a oncologista do Centro de Câncer de Brasília (Cettro), Elisa Porto, o avanço tecnológico mudou a mentalidade da classe médica. Cada vez mais é possível constatar tumores em estágios iniciais, garantindo, dessa forma, início rápido e maior sucesso no tratamento”, destaca.

 

Segundo a especialista, é possível identificar nódulos com menos de um centímetro, ou seja, em fase extremamente inicial. “Por muito tempo, essa constatação demorava demais e esse caroço crescia, comprometendo todo o tratamento e reduzindo as chances de cura da paciente”, frisa a médica do Cettro.

 

“Fazer mamografia ano a ano reduz em quase 95% a possibilidade de uma mulher morrer por câncer de mama”, alerta Elisa Porto. No entanto, ela enfatiza que precisa-se ter a consciência da prevenção. “Digo isso, pois 30% desse tipo de tumor é evitável com um comportamento simples ao longo da vida, por meio da prática regular de atividades físicas, eliminação do alcoolismo e do tabagismo e controle do peso”, ressalta.

 

Estudo publicado na revista científica The Lancet mostra que mulheres saudáveis que começaram a fazer a mamografia todos os anos a partir dos 40 anos tiveram 12% de redução no risco de morrer por câncer de mama.

 

Em relação aos exames antes dos 40 anos, porém, a capacidade de detecção da doença em uma mulher saudável e sem histórico familiar reduz consideravelmente.

 

 

Fonte: Correio Brasiliense

Imagem: Vasyl Dolmatov