Setembro Verde vai incentivar a doação de órgãos e tecidos no Piauí
Está em vigor no a Lei Estadual 7.726, de 26 de janeiro de 2022, dedicada ao incentivo à doação de órgãos e tecidos e à construção da cultura doadora no estado, sempre no mês de setembro, que será denominado “Setembro Verde”. A proposta é de autoria do deputado Francisco Limma (PT) e foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa.
As atividades e mobilizações serão realizadas a cada setembro com o objetivo de sensibilizar e esclarecer à população, aos poderes públicos e à sociedade organizada em geral quanto a importância da doação de órgão e tecidos, com foco de uma mudança cultural na sociedade, através de ações específicas de publicidade através de seminários, campanhas de mídia, iluminação de prédios públicos na cor verde, palestras e eventos.
“A doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar vidas. Muitas vezes o transplante pode ser a única esperança de vida ou oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam. A nossa proposta pretende incentivar as pessoas a conversarem com seus familiares e amigos sobre o assunto, pois a ação só ocorre com a autorização dos parentes mais próximos”, diz Limma.
O parlamentar lembra que um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou três motivos principais para a alta taxa de recusa familiar, presentes também em outros países: incompreensão sobre o diagnóstico de morte encefálica e, portanto, de entender que a pessoa faleceu; a falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e as convicções religiosas.
Existem dois tipos de doações. As de órgãos (fígado, coração, pâncreas, rim e pulmão) e de tecidos (córneas, medula óssea, pele, entre outros). Elas podem ser feitas após a morte ou até mesmo em vida, dependendo do órgão ou tecido doado.
Conforme dados do Ministério da Saúde, em 2019 as doações de órgãos e tecidos possibilitaram 27.688 transplantes, sendo que 96% desses procedimentos foram custeados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o que faz o Brasil ter o maior sistema público de transplantes do mundo e ser o segundo no total de cirurgias realizadas.
Durvalino Leal