Servidores relembram histórias da Assembleia

Difícil entrar na sala de som do Plenário da Assembleia sem encontrar o senhor Manoel Oliveira, "Seu Manel", um dos servidores mais antigos, que está no Parlamento antes mesmo da promulgação da Constituição Federal de 1988. 

O operador de áudio conta que, antes das transmissões pela TV, rádio e portal institucionais, a Assembleia tinha um sistema de som em todas as salas e nos corredores. "Tudo que era noticiado, as sessões, você escutava em qualquer parte da Casa que você estivesse", relata.

"Aqui já tiveram muitas votações, muitos discursos acirrados, no tempo do governo Alberto Silva. A maioria da Assembleia era oposição. Muitas votações acaloradas, negociações pra aprovar matérias do governo", relembra.

EXCURSÕES - Maria do Carmo, a dona Figueiredo, do setor de recursos humanos, tem 34 anos de Assembleia. É conhecida como alguém que "não tem papas na língua", mas o jeito espontâneo conquistou a simpatia dos colegas. Chegou a ser eleita funcionária da Casa, por meio de votação dos próprios servidores. 

Em 2019, dona Figueiredo sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), que provocou algumas limitações físicas, mas ela lembra com saudade dos tempos que organizava as excursões para a Colônia de Férias dos Servidores.

AMIZADES - A copeira Ana Maria Rocha é uma das primeiras a chegar na Assembleia, onde trabalha há 17 anos. "Aqui é um dos melhores lugares onde já trabalhei. Temos momentos de alegria e de tristeza, mas aqui fiz muitos amigos", afirma.

"A Assembleia completa 188 anos hoje e, sem sombra de dúvidas, o Legislativo não conseguiria caminhar ao longo desses anos sem os servidores que aqui trabalham e que sabem da importância desta Casa para o povo do Piauí", destaca o presidente Franzé Silva (PT).

Cristal Sá - Edição: Iury Parente