Serviço Social da Alepi faz campanha pelo Agosto Lilás
No dia 7 de agosto deste ano, a Lei Maria da Penha, principal mecanismo legal de combate à violência contra a mulher, completou 18 anos. Para ampliar a conscientização sobre a legislação foi criada a campanha Agosto Lilás. Nesta quinta-feira (22), o Serviço Social da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realizou uma panfletagem sobre o tema na porta de entrada da Casa.
“A gente atua em várias ações de prevenção à violência contra mulher em todos os segmentos. Nós estamos divulgando alguns folders e alguns contatos da rede de proteção à mulher vítima de violência. O nosso Piauí ainda tem um número alarmante de feminicídio e ações como essa visam proteger, orientar e também informar às mulheres que venham a ter alguma violação de direitos a buscar esses órgãos de proteção”, explicou a coordenadora do Serviço Social da Alepi, Regina Lúcia Alves da Costa.
Ela também lembrou que a Casa possui uma bancada feminina bastante atuante em relação ao tema. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, foram realizadas duas audiências públicas propostas pela deputada Simone Pereira (MDB) para debater tanto a conscientização da sociedade sobre a importância do assunto, quanto a efetividade das medidas protetivas que visam proteger as mulheres de seus agressores.
Além das audiências públicas, os deputados aprovaram no Plenário Waldemar Macêdo dois projetos de lei pensados para melhorar o combate ao feminicídio. A deputada Bárbara do Firmino (Progressistas) é autora da matéria que obriga as empresas privadas e órgãos públicos a realizarem ações educativas continuadas voltadas à prevenção e ao combate da violência contra mulheres. Gracinha Mão Santa (Progressistas) apresentou projeto que garante às vítimas de violência doméstica e familiar o direito à comunicação prévia quando do relaxamento de medida de privação de liberdade ou de medida protetiva. Ambas aguardam sanção do Governo do Estado desde o mês passado.
Os trabalhadores da Alepi elogiaram a ação realizada pelo Serviço Social. “A gente vê as nossas deputadas sendo constantemente ameaçadas. A gente vê as mulheres que falam pelas lutas, falam pelas posições delas, serem constantemente ameaçadas. Temos a morte da Marielle, uma mulher negra. Ela foi morta por isso. Se essas mulheres, que têm destaque público, são agredidas e são constantemente ameaçadas, imagine nós mulheres que estamos dentro de casa. Mulheres trabalhadoras que estão na periferia. Como elas não são tratadas? O que elas não sofrem? Então, é sempre bom a gente lembrar que a gente tem uma luta e que dessa luta a gente nunca pode deixar de falar”, defendeu a funcionária Marlia Ferreira Ribeiro.
Nícolas Barbosa - Edição: Katya D’Angelles