Reunião na segunda-feira vai discutir formato das sessões na Assembleia Legislativa
O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado estadual Themístocles Filho (MDB), convocou, durante a sessão plenária desta quarta-feira (02), uma reunião para discutir os protocolos a serem adotados para o cumprimento do novo decreto do Governo do Estado sobre o enfrentamento da Covid-19. O encontro deve acontecer na próxima segunda-feira (07) com a participação dos líderes de partidos e da Mesa Diretora da Casa.
Muitos deputados aproveitaram a sessão plenária para manifestar a sua opinião sobre o tema. Themístocles Filho afirmou que a população pode ver contradição no cancelamento das reuniões presenciais. “O difícil é o deputado explicar para o povo. Ele não quer vir para o plenário, mas quer ir lá no interior fazer caminhada, fazer reuniões, aparece na rede social. O próprio deputado manda”, argumentou o presidente da Alepi.
Para Marden Menezes (PSDB), o retorno das atividades para o formato online seria um retrocesso. “Nós temos que ter a cautela, os cuidados, os protocolos, mas a Assembleia não se reunir nesse momento, eu diria que é um retrocesso. Até porque várias outras atividades laborais, construção civil, atividades esportivas, os demais segmentos da sociedade estão funcionando na sua normalidade”, enfatizou o deputado.
Seguiu na mesma direção o argumento de Dr. Hélio (PL) com o intuito de evitar o cancelamento das sessões presenciais. Ele destacou que é preciso tomar todas as medidas cautelares, mas que é possível manter as reuniões com a presença dos deputados. Enquanto médico, disse que é importante incentivar a campanha de vacinação porque a variante ômicron do coronavírus é mais transmissível do que as anteriores e tão agressiva para o sistema imunológico quanto as mesmas.
Paulo Martins (PT) e Themístocles Filho acrescentam a necessidade de suspender a realização de festas neste período de ascensão de casos e óbitos pela Covid-19. “As lideranças políticas, os deputados, têm que conversar com os prefeitos para proibir as festas nesse momento porque os hospitais, alguns, já estão com quase 100% de pessoas, com as UTIs lotadas”, observou Paulo Martins. Themístocles Filho concordou criticando a realização, constante, de eventos por todo o interior e, na capital, de festas com público de 10 mil pessoas.