Presidente Themístocles Filho promete endurecer contra falta em votações
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Themístocles Filho (MDB) afirmou hoje, durante a sessão plenária, que vai encaminhar um documento aos secretários estaduais pedindo que eles não recebam os deputados entre as 11 e 14 horas, período em que normalmente são realizadas as sessões na Casa, principalmente às terças e quartas-feiras, quando são votados os projetos que tramitam no Legislativo.
O presidente disse ia se reunir ainda hoje com a governadora Regina Sousa para obter o endosso dela à sua ideia, mas já anunciou também que a partir desde mês descontará os dias de falta dos deputados. “Meu filho é deputado federal e está lá em Brasília, na Câmara. O cidadão é deputado estadual no Piauí e não pode comparecer na Assembléia. Quero aqui agradecer os deputados da oposição, que estão aqui fazendo o que qualquer deputado deve fazer”, disse.
A proposta de Themístocles foi apoiada por vários parlamentares. O deputado Coronel Carlos Augusto (MDB) disse que todos tem o direito de fazer as suas caminhadas e reuniões nos bairros e cidades, mas não é justo que muitos passem duas ou três horas esperando os colegas para votações. “Tem mesmo que ser descontado no contracheque”, resume.
O deputado Gessivaldo Isaias (Republicanos) lembra que foi deputado federal e em sua época cada falta correspondia a um desconto de R$ 500. “O senhor, presidente, é quem mais está aqui. E também tem que visitar seus colégios eleitorais. Terça e quarta-feira, pelo menos, o deputado tem que está aqui. Se não tiver justificativa, desconta. Nós fomos eleitos para quatro anos, não foi para três”, disse.
O deputado Francisco Limma (PT) disse que as sessões no horário atual recebem mais cobertura da mídia, mas indaga se não seria o caso de realiza-lás à tarde, como fazem Assembleias de outros estados. “Por enquanto se botar falta voltam todos. Themístocles reitera que quem quer faltar não vai participar seja em que horário for.
Mais radical, a deputada Teresa Britto (PV) recorreu ao Regimento Interno que prevê a cassação do mandato por excesso de falta e disse acreditar que na atual legislatura já existe deputado nessa situação. “Eu pedi a Deus para ser eleita para representar o povo. E quando não estou aqui é porque estou no médico ou fiscalizando hospitais”, finalizou.
Durvalino Leal - Edição: Katya D'Angelles