Na Alepi, entidades cobram do Governo mais valorização na LOA 2025
Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), nesta terça-feira (12), para debater a Lei Orçamentária Anual de 2025, diversas entidades cobraram melhorias em suas respectivas áreas. Estiveram presentes representantes da segurança, educação, saúde, Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público e auditores ambientais.
Vilobaldo Carvalho, da Polícia Penal, disse que não há valorização dos servidores, que não há melhorias nas carreiras, acrescentando que o funcionalismo público é fundamental para que o Estado funcione bem. Isaac Vilarinho, do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi), se disse indignado com o tratamento que tem recebido do Governo do Estado, pois a categoria tem combatido crimes e não recebe qualquer valorização.
Na área da saúde, Edna Martins, do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Piauí (Sindespi), afirmou que há casos de aposentados recebendo abaixo do salário mínimo, que não houve enquadramento dos servidores de nível médio e que as prefeituras valorizam mais os servidores da saúde do que o Estado.
Auriane Coutinho, do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Estado do Piauí (Sinfito), contou que, à exceção de médicos e odontólogos, os servidores da área não têm carreira própria. E que a área da saúde é tão desvalorizada que os funcionários administrativos dos órgãos do Executivo possuem vencimentos maiores.
A professora Paulina Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI), cobrou a realização de concurso público para a área, afirmando que a maioria dos servidores são temporários, quase 20 mil, sendo que o número de efetivos é pouco superior a 12 mil. Ela também disse que faltam respostas do Governo às demandas da área, como sobre a reestruturação da carreira.
O Ministério Público e o Tribunal de Justiça se mostraram preocupados com os valores destinados a eles na LOA de 2025. Roosevelt Figueiredo, do TJPI, disse que, pelo corte previsto, o Tribunal conseguirá pagar sua folha somente até setembro de 2025. Já Denise Costa, do MPPI, questionou por que há aumento para secretarias do Executivo e não há para a Justiça. E Carla Yáscar, da Defensoria Pública, pediu acréscimo no orçamento para que a assistência jurídica possa ser disponibilizada em todo o Piauí.
O representante do Governo do Estado, o secretário de Planejamento Washington Bonfim, respondeu a todos os questionamentos. A Paulina Almeida, ele disse que as melhorias estão sendo estudadas, como havendo previsão de concurso. Para a área de segurança, afirmou que o Governo do Estado tem trabalhado para que, até o final do mandato de Rafael Fonteles (PT), 4 mil novos policiais tenham sido nomeados. E em relação à divisão do Orçamento com os demais poderes, explicou a dificuldade de fazer a repartição de forma em que todos sejam devidamente abrangidos.
Iury Parente – Edição: Katya D’Angelles