Mortes por corrente elétrica são denunciadas à CPI da Equatorial
"Você solicita o serviço da Equatorial e a pessoa acaba esperando tanto que vai querer fazer aquele serviço e acaba acontecendo o pior, leva choque de alta tensão e morre [...]. Qualquer pessoa pode ir em uma comunidade de Teresina, Parque Vitória, Angelim, Vila Irmã Dulce, você vê a dificuldade que tem, o desrespeito com que a Equatorial trata o povo", relatou o presidente da União Municipal da Associação de Moradores e Conselhos Comunitários, Zé da Cruz, à Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) que investiga a má qualidade dos serviços prestados pela Equatorial, nesta quarta-feira (14).
Zé da Cruz pediu a atenção da Comissão para os casos de aparelhos danificados em razão das quedas de energia e também em relação às cobranças abusivas. "É impressionante como eles cobram. Vou trazer vários talões. Você tem talão de 1500 reais, você vai lá e fica por 300. O que eles dizem é que ocorreu um erro [...]. Sem falar no preço que a Equatorial compra a energia e o preço que ela vende... Nem o tráfico ganha", completou.
O depoente criticou o fato da Equatorial não ter qualquer preocupação com os problemas sociais. "Eu venho aqui pra dizer para os deputados que as associações de moradores e os conselhos comunitários não sabem mais o que fazer. Quem não tem como se defender, às vezes não consegue. E quem não tem condição de se defender? Como é que a gente vai fazer com a parcela mais pobre da população, com as pessoas mais humildes, que não têm condição de pagar essa conta?", questionou.
O presidente da CPI, deputado Evaldo Gomes (Solidariedade), frisou que a comissão planeja apresentar o relatório de todos os trabalhos realizados até o início do mês de julho. A reunião contou com a participação e questionamentos dos deputados Gessivaldo Isaías (Republicanos), Simone Pereira (MDB) e Ziza Carvalho (MDB).
Cristal Sá - Edição: Katya D'Angelles