Manifestações religiosas são declaradas como patrimônio cultural do Piauí
A atual legislatura da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), nos anos de 2023 e 2024, declarou como patrimônio cultural imaterial do estado 23 manifestações religiosas, como festejos, novena e reisado. Além da importância religiosa e cultural, elas estimulam as economias das cidades que as recebem.
O deputado Hélio Rodrigues (PT), por exemplo, foi autor do projeto que declara como patrimônio cultural imaterial do Piauí os festejos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no município de Água Branca. A festividade acontece no início do mês de agosto, do dia 5 ao 15.
“É um reconhecimento muito importante porque gera muito emprego, gera renda, tem circulação de dirigentes, traz visibilidade para o município. E não só para o município de Água Branca, mas para a região, porque Água Branca é centralizada. E pela Padroeira também, Nossa Senhora Perpétuo Socorro, e toda a população do município”, disse o parlamentar.
Em 2024, até o mês de julho, foram protocolados projetos de lei para que os seguintes festejos fossem declarados como patrimônio cultural: Festejos de São Gonçalo, no município de São Gonçalo do Gurguéia; de Nossa Senhora das Dores, em Olho D'Água do Piauí; Exaltação à Santa Cruz, em Santa Cruz dos Milagres; de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Água Branca; de Santa Cruz, em São Gonçalo do Piauí; de Santa Dorotéia, em Joaquim Pires; de São Francisco das Chagas, em Hugo Napoleão; de São João Batista, em São João da Fronteira; de Nossa Senhora Sant'Ana, em Canto do Buriti; de São José, em Altos; e de São Pedro de Alcântara, na cidade Floriano.
O Reisado também foi considerado como patrimônio cultural, com o projeto de lei sendo aprovado e tornando-se a lei 8.298/24. Francisco Limma (PT), autor da proposição, explicou que “junto com a celebração litúrgica, as folias ou reisados enriquecem a comemoração do nascimento de Jesus e a sua manifestação entre os povos. As Folias de Reis são consideradas bens culturais imateriais da Igreja”.
Outras três manifestações, que tem ligação com questões religiosas, ainda foram declaradas como patrimônio cultural em 2024: a Novena Perpétua de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; a Encenação da Paixão de Cristo, do município de Esperantina; e a Cavalgada da Missão, realizada em Aroazes.
A Marcha para Jesus, evento ecumênico, mas de maior força entre os evangélicos, foi reconhecida como patrimônio cultural piauiense em 2023 – lei 8.213. Gessivaldo Isaías (Republicanos), autor do projeto de lei, disse que a Marcha tem grande engajamento no Piauí e que, por exemplo, “a 22ª edição da Marcha para Jesus contou com apresentações de bandas locais, nacionais e do trio elétrico. O percurso começou no balão do São Cristóvão, seguiu pela Avenida João XXIII, percorreu a avenida Frei Serafim até o cruzamento com a rua Coelho de Resende”.
Em 2023, na Alepi, tramitaram oito projetos de lei para declaração de patrimônio cultural a eventos religiosos. Além da Marcha para Jesus, foram: o Espetáculo “Um Homem Chamado Jesus”, em Parnaíba; e as festividades de São Francisco e o São João, ambos também de Parnaíba; o festejo de Santo Antônio, na cidade de Campo Maior; o de Nossa Senhora dos Remédios, em Buriti dos Lopes; do Santuário do Senhor do Bonfim, em Queimada; e as festividades juninas de São João do Piauí.
Iury Parente – Edição: Katya D’Angelles