Limma denuncia descaso com moradia, água e energia em comunidade de União

por Katya D'Angelles publicado 08/02/2022 14h38, última modificação 08/02/2022 14h38
Segundo o deputado a comunidade Santa Rita enfrenta dificuldades até mesmo pela falta de apoio da prefeitura local

O deputado estadual Francisco Limma (PT) denunciou hoje que cerca de 160 famílias, a maioria delas nascidas e criadas na comunidade Santa Rita, na zona Rural de União, estão bebendo água do rio Parnaíba sem nenhum tratamento apesar da existência de um poço tubular que não funciona porque a Eletrobrás não fez fornece a energia para que a bomba seja ligada. Mesmo distando apenas dois quilômetros do rio Parnaíba e 30 quilômetros de Teresina, a comunidade Santa Rita enfrenta dificuldades até mesmo pela falta de apoio da prefeitura local, que quis impedir a perfuração do poço junto com o antigo proprietário da área, desapropriada. “Ao ingerir a água sem tratamento as pessoas estão sujeitas a adoecer, pois, 70% das doenças são transmitidas por vias hídricas”, diz o deputado.

Ele disse também que milhares de tijolos e centenas de sacos de cimento estão amontoados em frente às casas de palha, se estragando pela ação do tempo, sem serem aproveitados na construção de novas casas porque o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) não autoriza o uso do material. “As famílias assinaram um crédito de R$ 17 mil e não podem reformar as casas e nem tem respostas do Governo Federal”, disse. Em relação à energia, ele afirmou que a Eletrobrás chegou a colocar os postes e implantou a rede, mas não fez as ligações até as casas, que continuam com gambiarras oferecendo riscos de incêndio a qualquer momento, pois as casas são de palha. “Temos que chamar a Eletrobrás para explicar porque isso está acontecendo. Temos que lembrar que água e energia não são marcadorias, mas bens essenciais à vida”, afirmou.

Em sucessivos apartes os deputados Franzé Silva (PT), Evaldo Gomes (Solidariedade), Teresa Britto (PV) e Elizângela Moura (PCdoB) reiteraram as críticas, principalmente à Eletrobrás, e afirmaram a necessidade de uma audiência pública para discutir o assunto. Teresa Britto lembrou que as denúncias podem ser encaminhadas às agências reguladoras e ao Ministério Público.

Durvalino Leal - Edição : Katya D'Angelles 

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