Francisco Limma lamenta a violência contra a mulher no Piauí e no Brasil

por paulo — publicado 08/03/2022 14h05, última modificação 08/03/2022 14h05
Dia da Mulher não deve ser motivo apenas para comemorações, mas para reforçar a defesa da vida e da luta contra a violência.
Francisco Limma lamenta a violência contra a mulher no Piauí e no Brasil

Deputado estadual Francisco Limma (PT)

O deputado estadual Francisco Limma (PT) afirmou, nesta terça-feira (8), durante discurso na Assembleia Legislativa, que os 45 anos de criação do Dia Internacional da Mulher não se traduzem apenas em comemorações, mas devem reforçar a necessidade da defesa da vida e da luta contra a violência que continua existindo contra as mulheres em todos os sentidos.

“O dia é motivo de debates nas ruas, de dizer não a todo tipo de violência: sexual, política, trabalhista. Temos leis que combatem o feminicídio, mas uma em quatro mulheres já sofreram violência ao longo da vida por um parceiro íntimo. São muitos os casos de feminicídio no Piauí. Fizemos um resgate em nossa terra, São João de Arraial, e vimos que em 80% dos assassinatos de mulheres elas são negras e pobres. É o perfil: negras e pobres são suscetíveis a esse tipo de crime”, disse.

Limma continuou lembrando os dados sobre a violência contra a mulher no Brasil. Segundo um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) publicado nesta segunda-feira (7), em 2021 o Brasil registrou um estupro a cada 10 minutos e um feminicídio a cada 7 horas. O documento foi elaborado a partir dos boletins de ocorrência das Polícias Civis das 27 unidades da federação.

Os dados mostram que houve 56.098 estupros — incluindo de vulneráveis — do gênero feminino, em todo o país, o que representa um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. Já os casos de feminicídio caíram 2,4%, foram 1.319 vítimas em 2021 e 1.351 no ano anterior.

“Segundo a Secretaria de Segurança, no Piauí 27 mulheres foram assassinadas no ano passado. Os crimes registrados são ligados a violência familiar e ao gênero da vítima. Com tudo isso foi preciso criar delegacias especializadas para assegurar que os crimes de feminicídio pudessem ser investigados”, finalizou.

Durvalino Leal e Laryssa Saldanha

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