Francisco Limma diz que resultado da eleição dá lição ao Parlamento

por Katya D'Angelles publicado 08/10/2024 13h55, última modificação 08/10/2024 15h28
Deputado faz reflexões sobre resultados eleitorais no Piauí e no Brasil

O deputado Francisco Limma (PT) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) na sessão plenária desta terça-feira (8) para apresentar a sua análise sobre os resultados eleitorais do processo realizado no último domingo (6). Apesar de celebrar a quantidade de prefeitos e vereadores eleitos que fazem parte da base de apoio ao governo do estado, ele falou que o Parlamento precisa rever o seu papel.

 

 

“O Parlamento não é apenas uma casa de aprovar leis. Ele é uma Casa para debater, politicamente, projetos e tendências que a sociedade tem que avançar. O Parlamento, quer seja municipal, estadual ou federal tem um papel político. As suas lideranças políticas não podem se permitir e nem andar a reboque de outros poderes quer seja o Judiciário, quer seja o Executivo. Ele [Parlamento] tem que assumir o seu papel e a sua contribuição na gestão e na política”, defendeu Francisco Limma.

 

 

Analisando as eleições nacionalmente, ele disse que há um avanço do conservadorismo, o que considera preocupante. Para o parlamentar, os candidatos desse campo reforçam medidas que vão contra as evidências científicas, retrocedendo os avanços conseguidos para a população e reduzindo a participação popular nas decisões de Estado.

 

 

Para combater esse avanço, Francisco Limma considera necessário que os agentes políticos saibam integrar Estado, sociedade civil e o setor privado para que as pessoas sejam impactadas positivamente. Aos políticos, o parlamentar defende que não cabe serem apenas executores e comunicadores de suas ações, mas que devem demonstrar que estão agindo politicamente para reforçar um projeto.

 

 

Francisco Limma ainda defendeu uma discussão sobre questões como financiamento público de campanha e pesquisas eleitorais. Para o parlamentar, o fim do financiamento privado era para ter reduzido a influência do poder econômico nas eleições, no entanto, o que ele percebe é uma maior influência financeira no voto. “Nós temos uma missão para fazer porque uma eleição prepara para outra e a democracia sempre é ganhadora”, disse o deputado.

 

 

Nícolas Barbosa - Edição: Katya D’Angelles

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