Deputados recebem demandas dos agentes de saúde e de endemias

por Katya D'Angelles publicado 08/08/2023 13h25, última modificação 09/08/2023 18h44
A categoria pede melhores condições de trabalho e a criação de uma Frente Parlamentar

Agentes comunitários de saúde e de endemias estiveram reunidos, na terça-feira (08), na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para apresentar as demandas da classe e pedir a criação de uma Frente Parlamentar Estadual, a exemplo de outros estados. Os profissionais foram recebidos no Plenarinho pelo presidente da Comissão de Saúde, Educação e Cultura, deputado Dr. Vinícius, que destacou a importância da categoria para a atenção básica à saúde e defendeu a contratação de mais agentes.


"Às vezes perguntam por que a mortalidade materno-infantil está aumentando no país. É exatamente por essa deficiência que está sendo feita com a classe dos agentes comunitários. Você precisa realmente fortalecer essa política, você precisa aumentar o número de agentes, você precisa requalificá-los, colocá-los em condições dignas de trabalho para que realmente você tenha atenção. É muito mais barato do que você estar construindo UTIs neonatais, construindo hospitais. O princípio do atendimento médico é na prevenção", frisou Dr. Vinícius.


Em seguida, na sessão plenária, foi lido o Projeto de Resolução 15/23, apresentado pelo deputado Fábio Novo (PT) junto com outros quatorze parlamentares, que dispõe sobre a instituição da Frente Parlamentar em Defesa dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate de Endemias do Piauí. "O agente comunitário de saúde de endemias conhece bem a rua, o bairro, os problemas que existem nesse bairro, nessa rua, de cada cidade do Piauí. Hoje nós estamos dando um passo importante, assinando esse documento", frisou Fábio Novo.


"Essa Frente Parlamentar vem pra ajudar a nossa categoria, mas também pra gente apontar o que é preciso ser mudado na atenção primária. A nível de estado, pra nossa categoria, nós vamos buscar uma tripartite, que é um valor do Estado diretamente ao agente de saúde. Nossa remuneração é paga pelo Município e pela União. O Estado ainda não entra diretamente. A gente vai buscar uma parcela por produção", afirmou o Sindicato dos Agentes de Saúde de Teresina (Sindast), Geraldo Sousa.

Cristal Sá - Edição: Katya D'Angelles