João de Deus condena política de preços dos combustíveis

por paulo — publicado 17/03/2022 13h20, última modificação 17/03/2022 13h20
Deputado lamentou a política de preços praticada pela Petrobras em relação aos combustíveis.
João de Deus condena política de preços dos combustíveis

Deputado estadual João de Deus (PT)

O deputado estadual João de Deus (PT) protestou, nesta quinta-feira (17), ao discursar na Assembleia Legislativa, contra a política de preços praticada pela Petrobras em relação aos combustíveis e à distribuição de R$ 106 bilhões de lucros apenas no exercício financeiro de 2021, sendo que R$ 70 bilhões foram destinados apenas para os acionistas estrangeiros “às custas do sacrifício do povo brasileiro”.

Para ele, o governo atual tem trabalhado no sentido de vender todas as refinarias e privatizar de vez a Petrobrás, o que é um absurdo diante do fato de que todos os analistas dizem que o País é autossuficiente na produção de petróleo.

“Durante os governos do PT foram descobertas jazidas a apenas sete quilômetros de profundidade, o pré-sal, que provam isso. As pesquisas mostram que o petróleo brasileiro sai mais barato para ser extraído do que o da Arábia Saudita, que é uma referência no mundo”, disse.

“Mas, o que fez o atual governo?  Vendeu as nossas refinarias e o Brasil só refina hoje 30% dos nossos combustíveis. Manda o óleo bruto para os Estados Unidos e compra a gasolina, o óleo diesel, o gás de cozinha em dólar. Como o Real é desvalorizado em relação ao dólar, pagamos muito mais caro pelo que já é nosso”, resume. João de Deus salienta ainda que novos aumentos ainda vão acontecer porque o presidente da Petrobrás alega necessidade de mais ajustes, enquanto o presidente da República alega que nada pode fazer.

Ele considera que a empresa deve ter lucro, mas não prejudicando o povo brasileiro como vem acontecendo nos últimos anos, onde o presidente da República não toma nenhuma atitude para que a empresa retorne ao controle dos brasileiros e deixe de ser apenas uma repassadora de lucros exorbitantes para os acionistas estrangeiros. “Precisamos de um presidente que pense na maioria do povo que é o verdadeiro dono da Petrobrás”, disse.

Durvalino Leal - Edição: Katya D'Angelles

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