Cícero Magalhães critica falta de preparo do presidente Bolsonaro
Deputado estadual Cícero Magalhães (PT)
Em discurso realizado na sessão plenária da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) desta quarta-feira (23), o deputado Cícero Magalhães (PT) fez críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele afirmou que há aparelhamento de órgãos como a Polícia Federal, falta de preparo e indícios de corrupção em gastos no cartão corporativo.
Segundo o parlamentar, houve um projeto de destruição das conquistas realizadas durante os mandatos de seu partido. Para Cícero Magalhães, a população mais rica começou a perseguição por causa do favorecimento aos mais pobres por meio de projetos como o Luz para Todos e o acesso a bens de consumo, como motocicletas.
Logo após o impeachment da ex-presidenta Dilma Roussef, de acordo com o parlamentar, a primeira ação foi a reforma trabalhista que prejudicou os trabalhadores. “Com o trabalho intermitente, que é isso que os trabalhadores do transporte de Teresina estão sofrendo. O trabalho intermitente tem o vínculo empregatício, mas como não tem uma convenção que a classe patronal não aceita assinar, eles vão ser chamados para dar uma diária e, quando eles são chamados, eles recebem aquela diária”, denunciou Cícero Magalhães, ao mesmo tempo em que parabenizou a categoria pela greve.
Na sequência, o deputado comentou as denúncias que foram feitas em jornais sobre suspeitas de propina no Ministério da Educação. Cícero Magalhães disse que tentaram cravar o Partido dos Trabalhadores como corrupto, mas surgem denúncias de corrupção na atuação de Jair Bolsonaro. Ele acredita que o presidente perderá as eleições e que, 90 dias após a sua substituição, será preso por causa de atos de corrupção. Também aconselha grupos de militares e evangélicos a não fazerem a defesa de Jair Bolsonaro para não caírem juntos.
O preço dos combustíveis também foi abordado por Cícero Magalhães. Segundo o parlamentar, a oposição tenta cobrar o governador Wellington Dias, mas o verdadeiro responsável é o presidente da República.
Nícolas Barbosa