Audiência pública discute a criação do curso de Terapia Ocupacional na UFPI

por paulo — publicado 08/08/2022 14h21, última modificação 08/08/2022 14h21
A Audiência, realizada nesta segunda-feira (8), foi proposta pelo deputado Fábio Novo (PT).
Audiência pública discute a criação do curso de Terapia Ocupacional na UFPI

Audiêrncia pública sobre a criação do curso de Terapia Ocupacional na UFPI

A Assembleia Legislativa do Estado (Alepi) realizou na manhã desta segunda-feira (08) uma audiência pública para discutir a criação do curso de Terapia Ocupacional na Universidade Federal do Piauí (UFPI).

 

Na ocasião, a professora Dionis Machado, coordenadora do Curso de Educação Física da Instituição, destacou que a quantidade de profissionais da área de Terapia Ocupacional não é suficiente para atender a demanda. "No Piauí há uma extrema carência desse profissional. Os poucos profissionais existentes concentram-se na capital e o interior fica sem o trabalho do terapeuta", analisou a presidente da Comissão Elaboradora do Projeto de Implantação do Curso.

 

A presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) Ana Carla Souza reforçou a importância da atuação do terapeuta ocupacional para o desenvolvimento da autonomia dos pacientes frente às atividades diárias. A representante informou que o Ministério da Saúde (MS) elaborou um documento em que registra a necessidade de haver mais terapeutas ocupacionais no Estado.

 

"O Ministério quer enviar recursos destinados a projetos no Estado, mas não consegue porque faltam profissionais que vão trabalhar o desempenho ocupacional da população. Esses recursos, muitas vezes, acabam retornando para o Ministério da Economia", afirmou a presidente.

 

FALTA DE PROFISSIONAIS - O professor universitário Anselmo Alves, na ocasião representando a Sociedade Civil, falou sobre as dificuldades que pais de pessoas com deficiência enfrentam para obter atendimento para seus familiares. "Muitas vezes você tem recursos e plano de saúde, mas não há profissionais. É difícil depender de um profissional que não está disponível. A atuação do terapeuta ocupacional é determinante para o desenvolvimento do paciente", disse o profissional que é pai de uma criança autista.

 

Segundo Elisângela Sales, da Associação de Familiares e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down de Teresina, Down The Amo, lembrou que as  pessoas com síndrome de Down e autismo precisam de acompanhamento profissional para que possam habilidades. “Eles precisam desse acompanhamento para desenvolver habilidades do dia a dia que para os demais é natural. Então nós estamos aqui para apoiar a criação desse curso no Piauí, uma vez que lidamos com a escassez de profissionais terapeutas ocupacionais disponíveis”. 

 

Marcibele Fernandes, também representante das mães com filhos com autismo, pediu urgência na implantação do curso também pela falta de profissionais no mercado. “É urgente para o desenvolvimento dos nossos filhos”. 

 

A POSIÇÃO DA UFPI - O professor Arquimedes Cavalcante, Diretor do Centro de Ciências da Saúde da UFPI, disse que a universidade está com o projeto de implantação do curso, mas pediu o apoio da Assembleia Legislativa para sensibilizar os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Ministério da Educação para a liberação dos recursos. “A UFPI já tem todo o projeto pedagógico para implantação do curso de Terapia Ocupacional, mas o que precisamos agora é sensibilizar o Ministério da Educação para que os recursos sejam liberados”.

 

O Vice-Reitor UFPI, Viriato Campelo também participou da audiência e reforçou a posição da instituição para a implantação do novo curso. “A Universidade Federal do Piauí sabe da importância e da necessidade desses profissionais e por isso estamos empenhados na implantação do curso, que depende de trâmites para ser liberado

 

Ao final da audiência, o deputado Fábio Novo (PT), proponente da reunião, lembrou que a Assembleia Legislativa do Estado está analisando o Projeto de Lei de implantação do piso salarial dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no Estado, que deve continuar a ser analisado após o período eleitoral. 


Andreia Sousa e Laryssa Saldanha - Edição: Kátya D’Angeles 


 

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