Assembleia Legislativa dá posse a Regina Sousa como governadora do Piauí
A vice-governadora Regina Sousa (PT) tomou posse na Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira, como a primeira governadora do Piauí. A posse aconteceu logo após a leitura da renúncia do governador Wellington Dias pela Mesa Diretora da Alepi. Wellington Dias renunciou ao cargo para concorrer pelo PT a uma vaga de senador nas eleições de 2022.
Regina Sousa afirmou, em seu discurso de posse, que o foco nesses 9 meses em que ficará à frente do executivo estadual será no combate à pobreza, mas não esquecendo de temas relevantes como a segurança pública. “O foco será a redução da pobreza, que é a minha característica. Tudo aquilo que possa contribuir. Com mais cisternas, poços, agricultura familiar. E é claro que lançarei o olhar sobre temas sensíveis, como segurança, sistema prisional, saúde e educação”, disse.
Como ela está assumindo o papel de governadora em um governo do qual já faz parte, defendeu que não é necessário criar um novo plano, pois trabalhará para concluir as ações já iniciadas. “Estou nesse governo há três anos e três meses. Fomos eleitos com uma proposta que está em execução. Não estou assumindo um novo governo, é a finalização de uma gestão. Tem muita ação em andamento, espero poder concluí-las”, explicou.
O relacionamento com o legislativo estadual será tranquilo durante seu mandato, garantiu, pois os projetos que chegarão à Alepi não suscitaram grandes debates. As principais matérias, disse, serão as das Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Orçamentária Anual (LOA), mas são discussões sobre as quais todos já estão acostumados.
A governadora afirmou, ainda, que ela e Wellington Dias são diferentes, então, “não procurem Wellington Dias em mim. Ele é único, tem seu jeito de ser, que todo mundo abraça, todo mundo gosta. Como também sou única, mas sou o oposto dele nem muitas coisas, que não nos impediu que cultivássemos uma amizade de 40 anos”. E assegurou que ela não será tutelada por ninguém no seu mandato, “como insinuam alguns, expressando ser machista crônico, de que mulher precisa guiada por um homem para exercer um cargo público”
Iury Parente - Edição: Katya D'Angelles