Assembleia aprova projetos de reconhecimento do Patrimônio Cultural piauiense

por Katya D'Angelles publicado 26/09/2023 14h40, última modificação 26/09/2023 15h13
Propostas ainda serão analisadas em plenário

 A proposição de a lenda do Cabeça de Cuia tornar-se Patrimônio Cultural Imaterial do Piauí foi aprovada em Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa do Estado (Alepi) na manhã desta terça-feira (26). O projeto de lei é de autoria do deputado Francisco Limma (PT) e deve ser votado em Plenário.

 

O parlamentar explica, em sua proposta, que expressões culturais e tradições representam e guardam a memória de um grupo de indivíduos. Declarar uma manifestação como patrimônio cultural é preservar “práticas e domínios da vida social que se manifestem em saberes, ofícios e modo de fazer, celebrações, formas de expressões cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas”, explica Limma.

 

A lenda conta a história de um rapaz que maltratou a mãe e foi amaldiçoado a viver 49 anos nas águas do Parnaíba. “É um sujeito que vive dentro do Rio Parnaíba. É alto, magro, de grande cabelo que lhe cai pela testa e, quando nada o sacode, faz as suas excursões na enchente do rio e poucas vezes durante a seca. Come de 7 em 7 anos uma moça de nome Maria.”, conta o parlamentar em seu projeto de lei.

 

FESTIVAL DOS COCAIS – Francisco Limma (PT) propôs, e também foi aprovado nas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e na de Administração Pública e Políticas Sociais (Capps), o reconhecimento de Patrimônio Cultural Imaterial para o Festival dos Cocais. “É um incentivo ao desenvolvimento econômico e turístico da região, bem como a preservação da cultura regional. Ademais, no corrente ano, foi sede do XIX Nordestão de Quadrilhas Juninas, o que demonstra a consolidação do evento como um dos maiores eventos juninos do Nordeste”, explica.

 

CÂNION DO POTI – A terceira iniciativa de Francisco Limma (PT) aprovada nas Comissões para declaração de Patrimônio Cultural Imaterial teve como objeto o cânion do rio Poti. “Os paredões da garganta chegam a ter 60 metros de altura e a rocha é cheia de escavações feitas pela correnteza, originando formas de beleza incomum, e em alguns lugares cria cavernas e abrigos naturais, muito utilizados pelos pescadores”, descreve o deputado.

 

MARCHA PARA JESUS – A Marcha Para Jesus, a partir de proposição de Gesivaldo Isaías (Republicanos), teve a aprovação para ser declarada como Patrimônio Cultural Imaterial nas reuniões da CCJ e da Capps. “A marcha possui grande engajamento da população piauiense, sempre presente em grande número e defendendo temas de grande importância social para o estado”, justifica o parlamentar.

 

SEMANA EVANGÉLICA – Ainda tendo religião como tema, foi aprovado na Capps o PL 170/23, de Franzé Silva (PT), que institui a Semana Estadual da Cultura Evangélica, a ser comemorada anualmente na segunda semana do mês de setembro.

 

 

Iury Parente – Edição: Katya D’Angelles