Assembleia abre curso pioneiro sobre defesa pessoal para mulheres

por Iury Aragão publicado 25/05/2023 12h05, última modificação 25/05/2023 13h04
Serão 8 horas/aula de curso com noções básicas, incluindo palestras e técnicas práticas

Os tatames tomaram conta do hall do Cine Teatro da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) nesta quinta-feira (25), em razão da abertura do 1º Curso de Defesa Pessoal para Mulheres, sobre princípios básicos de defesa pessoal, técnicas de imobilização e desarme, técnicas de golpes e chutes, defesa contra agressão física e verbal, identificação de situações de risco, noções de segurança pessoal e técnicas de prevenção de assaltos e sequestros. A iniciativa é mais uma das atividades voltadas às servidoras da Casa, sob a organização do Gabinete Militar do Poder Legislativo (GAMPOL), em parceria com o Serviço Social da Assembleia. 

 

A recepcionista Sônia Flávia Santos foi uma das primeiras inscritas no curso. "Achei muito importante, porque ultimamente temos visto muitos casos de abusos contra mulheres. Sempre tive vontade de saber mais sobre autodefesa, mas nunca tive oportunidade. Quando vi, eu quis fazer pra ter um aprendizado melhor e pra mostrar pras outras pessoas que a gente é capaz. É um aprendizado que eu vou levar para o resto da vida", disse.

 

Formada em direito, Maria Clara Vieira atua como monitora de autodefesa há cerca de um ano e meio. "A gente vê a vulnerabilidade das mulheres. É uma oportunidade pra gente aprender a se defender. Graças a Deus nunca precisei usar, mas o professor dá dicas de segurança. Por exemplo, quando eu entro no uber, eu sento atrás do motorista, porque, se eu ficar do outro lado, fico mais vulnerável. A gente aprende a ficar atenta aos sinais, pra se antecipar", relatou.

 

"O curso, além de ensinar técnicas para as mulheres se protegerem de situações de violência, também busca aumentar a autoconfiança e a autoestima das mulheres, tornando-as menos vulneráveis e mais seguras”, explica a major Antônia Rocha, que ministrou a palestra “Ser mãe e mulher empoderada: cuidando de si para cuidar dos outros”.

 

Serão 8 horas/aula de curso com noções básicas, incluindo palestras sobre Lei Maria da Penha e outras leis de proteção à mulher, como denunciar a violência, rede de apoio às vítimas, além de aulas práticas ministradas pelo instrutor Valterlí Melo, 3º sargento da Polícia Militar, faixa preta em taekwondo e karatê, marrom em jiu-jítsu e mestre com a graduação de faixa preta e vermelha em Defesa Pessoal e Combate Corpo a Corpo.

 

 

Cristal Sá - Edição: Iury Parente