Alepi sedia evento sobre segurança alimentar e nutricional
O encontro é uma etapa preparatória para a sexta edição da conferência estadual
"Revitalização do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) no Piauí: convergências para o enfrentamento da fome e para a realização do direito humano e nutrição adequados". Esse é o tema do evento que está sendo realizado nesta quarta-feira (12), no Cine Teatro da Assembleia Legislativa (Alepi), sob a organização da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
A presidente do Consea, Norma Sueli, sugeriu a criação de um plano "Piauí Sem Fome" e pediu o empenho do Governo do Estado no enfrentamento do problema. "Precisamos que o Governo do Piauí diga em alto e bom som que a segurança alimentar e nutricional é pauta prioritária para o seu governo. Precisamos que o poder público em especial reconheça os números que nós temos de fome no Piauí. Esses dados foram produzidos por uma organização não governamental reconhecida internacionalmente e apontam que mais de um milhão de pessoas no estado sofrem com a fome", lamentou.
A secretária estadual da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Regina Sousa, relatou a parceria entre a Sasc e a Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF). "A gente não está parado. A gente comprou 855 toneladas de alimentos pelo PAA [Programa de Aquisição de Alimentos] e quase 500 toneladas pelo PAS, que é o Programa de Alimentação Saudável do estado. Essa alimentação foi toda distribuída", pontuou a secretária ao destacar que o principal problema não é a falta de alimentos, mas a má distribuição, que reflete no desperdício.
"Quando a gente fala em produzir alimentos saudáveis, a gente vislumbra o desafio que estamos vivendo hoje. Não é só produzir alimentos, é pensar que a produção de alimentos tem um viés diretamente ligado à questão ambiental. Se a gente não começar a pensar em processos de preservação, de recuperação ambiental, a gente não consegue produzir alimentos saudáveis, porque cada vez mais precisa de insumos, química, uma série de coisas. Combater a fome é pensar em políticas integradoras e integradas", disse a secretária da Agricultura Familiar, Rejane Tavares.
A gerente de Projeto da Secretaria Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Ísis Ferreira, participou do evento como representante do ministro Wellington Dias. A gestora falou sobre o trabalho de articulação que está sendo feito em todo o Brasil para a retomada do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, cujo sucesso depende do êxito das conferências estaduais e municipais.
Cristal Sá - Edição: Katya D'Angelles
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Deputado Francisco Limma