Alepi realiza audiência pública para ouvir povos indígenas do Piauí

por Katya D'Angelles publicado 25/08/2023 11h00, última modificação 25/08/2023 19h13
Debate acontece nesta segunda-feira (28) no Cine Teatro da Alepi

Por iniciativa do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado Franzé Silva (PT), e com aprovação unânime em Plenário, vai ser realizada, na próxima segunda-feira (28), uma audiência pública para tratar da demarcação das terras, saúde e educação indígenas. O debate, que está previsto para às 9h30, vai ser feito no Cine Teatro da Alepi, por ser o espaço que possui maior capacidade para receber pessoas.

 

Várias entidades que atuam na defesa dos povos indígenas devem participar. Fórum Nacional de Educação Indígena, União Plurinacional dos Estudantes Indígenas e Associação dos Povos Indígenas do Brasil são algumas delas que se somam às lideranças locais, como o Cacique Salvador, da Associação dos Povos Indígenas Akroá Gamla, Dam Gamela, dos povos Gamelas de Uruçuí, Jovine, dos povos Waraos, e Cícero, dos povos Tabajara.

 

Além dos representantes indígenas, outras autoridades estaduais e federais foram convidadas para participar da audiência pública. Entre as secretarias do Governo do Estado, as pastas da Educação e da Assistência Social devem participar. No plano federal, FUNAI (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Ministério dos Povos Indígenas e três deputados da Câmara receberam o convite, incluindo o representante piauiense Francisco Costa (PT) e a mineira Célia Xakriabá (PSOL-MG). Ainda entre os convidados ligados a instituições públicas, estão a Defensoria Pública do Estado e a Defensoria Pública da União.

 

No requerimento, Franzé Silva demonstra preocupação com a questão da demarcação de terras indígenas no Piauí. “Atualmente há mais de 8 (oito) etnias indígenas em processo de emergência étnica no Piauí em busca da demarcação de suas terrâs junto ao Estado. Na FUNAI tramitam processos do Povo Akroá Gamela que enfrentam o avanço da expansão do agronegócio e da grilagem de suas terras no território indígena de Laranjeiras na região sudoeste do Estado, em Currais-Pl, que afetam ê ameaçam a existência dos povos indígenas nessa e em outras regiões do Estado. Outro exemplo é o dos povos Waraos Venezuelano que há mais de quatro anos vivem em abrigos do Estado do PiauÍ sem condições de uma vida digna”, manifesta o presidente da Alepi.

 

Nícolas Barbosa - Edição: Katya D’Angelles

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